Deputados que votaram pela retirada de direitos dos trabalhadores tiveram pior desempenho nas eleições
Dos 35 deputados estaduais que votaram contra os servidores públicos e aprovaram a reforma administrativa de Eduardo Leite, em janeiro de 2020, 42,85% não foram eleitos. O projeto retirou direitos dos servidores, como licenças-prêmio, avanços e triênios, e sobretaxou aposentados. Entre os que votaram a favor do funcionalismo, 68,75% tiveram sucesso nas urnas ─ desempenho 23% superior.
O resultado na Assembleia Legislativa se repete na Câmara Federal, evidenciando que a aprovação é maior entre os parlamentares que defendem os servidores e os serviços públicos. No projeto que alterou a previdência federal, aprovado em 2019, foram eleitos 100% dos deputados que votaram pela manutenção dos direitos dos trabalhadores. Entre os que ajudaram a aprovar o projeto do governo Jair Bolsonaro, 18,18% irão se despedir das atividades parlamentares após apoiarem o aumento do tempo de serviço e a autorização do confisco dos aposentados.
“Se enganam aqueles que não acreditam na força e na unidade dos que defendem o serviço público. O resultado desta eleição evidencia a importância da atuação sindical em esclarecer a população e mostra que a sociedade está consciente e não aprova este tipo de conduta”, avalia o presidente do Sindicato de Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs), Antonio Augusto Medeiros.
Os dados são de análise feita pelo Sintergs a partir da votação em dois projetos: um estadual, que considerou o voto de 35 parlamentares contrários e 16 favoráveis ao funcionalismo, e um federal, com o voto de 22 deputados que se posicionaram contrários e nove favoráveis aos direitos dos servidores.
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