Certificado internacional da OIE é mérito de várias gerações de servidores
O Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs) parabeniza todos os servidores da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) que trabalharam incansavelmente ao longo das últimas décadas para que o Rio Grande do Sul fosse reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação. O certificado foi concedido ao Estado nesta quinta-feira (27/5) pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
“Este é um trabalho que se iniciou lá na década de 60. O Rio Grande do Sul foi pioneiro no controle da febre aftosa no Brasil. O programa nacional de erradicação da doença iniciou no Estado, com o trabalho árduo de gerações de servidores públicos”, lembra o presidente do Sintergs, Antonio Augusto Medeiros, ressaltando a contribuição dos aposentados.
O servidor aposentado Danilo Krause, vice-presidente do Sintergs, recorda que foram os técnicos do Instituto de Pesquisas Desidério Finamor (IPVDF) que desenvolveram a vacina oleosa contra a febre aftosa, em 1983, em parceria com o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa). No ano seguinte, acrescenta Krause, que na época era diretor do IPVDF, a vacina foi comercializada pela primeira vez após autorização do Ministério da Agricultura.
Medeiros, que é fiscal estadual agropecuário, comenta sobre o impacto da doença na época do foco em Joia e em outros municípios na Fronteira Oeste, entre 2000 e 2001. “Muitos servidores vivenciaram o ‘rifle sanitário’, expressão usada para definir o abate em massa de animais positivos para aftosa. Até hoje, estes colegas carregam esta lembrança”, acrescenta o dirigente.
“É um momento de comemorar, mas também de planejar com segurança os próximos passos. E, para isso, é necessária a valorização dos servidores que fazem a vigilância e também a realização de concursos para garantir a eficiência da atividade”, afirma o presidente do Sintergs, reconhecendo a contribuição de todas as categorias da Seapdr nesta conquista.
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