Alerta do Sintergs se confirma e aumento de alíquota expulsa servidores do IPE Saúde
O primeiro mês após o aumento de alíquotas do IPE Saúde está provocando uma debandada de usuários. Conforme reportagem do Jornal do Almoço veiculada no início desta semana, há filas no instituto para solicitação de desligamentos de titulares e/ou de dependentes. A mensalidade ficou impraticável para aposentados e servidores que recebem os mais baixos salários.
“O governador Eduardo Leite e os deputados que votaram a favor do aumento de alíquotas tinham ciência dessa consequência. Simplesmente decidiram decretar a morte do sistema de saúde do Rio Grande do Sul”, afirma Antonio Augusto Medeiros, presidente do Sintergs. Desde que o governo apresentou o projeto, em abril deste ano, o sindicato e as demais entidades que integram a Frente dos Servidores Públicos (FSP) promoveram diversas mobilizações e alertaram sobre o efeito devastador caso o projeto fosse aprovado.
Foram realizadas reuniões com deputados, atos com participação da base e até uma audiência pública na Assembleia Legislativa. A FSP apresentou dados, denunciando as consequências nefastas desses aumentos na vida dos trabalhadores estaduais, seja da ativa ou aposentados. O Sintergs e a FSP reforçaram inúmeras vezes que a reposição salarial era o caminho para equacionar as contas do IPE Saúde, solução esta que precisaria se somar ao pagamento da dívida do Estado com o instituto.
Em matéria do sindicato publicada em junho deste ano, o presidente do Sintergs já adiantava o que está ocorrendo agora. “É uma proposta que inviabiliza completamente a permanência dos servidores no IPE Saúde. Se esta mudança for aprovada, irá provocar uma saída em massa, aumentando o déficit atuarial e sobrecarregando o SUS”, disse Medeiros na época.
Imagem: Reprodução RBS TV
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