Calendário mostra que não há privilégios salariais no Executivo estadual
O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou na manhã desta quinta-feira (31) que irá parcelar o salário de janeiro dos servidores estaduais. O cronograma apresentado em coletiva à imprensa aponta que serão pagos nesta quinta os servidores que ganham vencimento líquido de até R$ 1,1 mil – que é inferior ao salário mínimo regional praticado no Rio Grande do Sul.
O calendário é retomado apenas nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, quando serão quitados, respectivamente, aqueles que recebem até R$ 2.250, R$ 3,6 mil ou R$ 5 mil – dependendo da receita – e R$ 7.250 ou até R$ 11,5 mil, também dependendo da receita. No dia 14 de fevereiro o restante dos servidores terão seus salários quitados.
O diretor vice-presidente do Sintergs, Guilherme Toniolo, destacou que o calendário de pagamento apresentado pelo governador derruba a tese de que há privilégios salariais no Executivo gaúcho. “Oito em cada dez servidores ganham menos que R$ 5 mil mensais e cerca de 10% dos funcionários sequer recebe um salário mínimo regional. Quase metade do quadro ganha até R$ 2.250. É uma distorção da realidade falar em privilégios”, afirmou.
O calendário mostra ainda que 65% do funcionalismo recebe um salário mensal de até R$ 3.600. No Executivo, apenas 5% dos servidores ganham acima de R$ 11.500.
Leite se comprometeu a anunciar no último dia útil de cada mês o calendário de pagamento do período seguinte. Segundo ele, a situação fiscal não permite que se elabore um calendário para todo o ano – ou mesmo para o semestre.
“No final de fevereiro vamos apresentar as condições que temos para honrar os salários, também de forma parcelada, no mês de março. Nosso compromisso é de transparência, de deixar claro para os servidores, para que possam se programar”, afirmou.
O governador também destacou que o rombo fiscal do governo pode chegar a R$ 22 bilhões em 2019.
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