Caminhada gigantesca marca mais um mês de salários atrasados no Rio Grande do Sul
Cerca de dez mil pessoas participaram na manhã desta sexta-feira de uma caminhada gigantesca que marcou a unidade entre estudantes e funcionalismo pela valorização do serviço público no Rio Grande do Sul. A manifestação, que percorreu as principais ruas do Centro, desde o Colégio Estadual Julio de Castilhos até o Palácio Piratini e, depois, ao Centro Administrativo do Estado, pediu também a manutenção da meia passagem estudantil, ameaça em Porto Alegre pela atual gestão municipal.
O Sintergs integrou a caminhada com bandeiras, faixas e cartazes pedindo a valorização dos servidores públicos e o pagamento em dia dos salários, cuja folha de julho ainda não foi quitada pelo governador Eduardo Leite. O presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, saudou a bravura dos estudantes e disse que a humilhação por que passam os funcionários do Estado acaba afetando todas as famílias que usam serviços públicos.
“Quando um professor recebe seu salário com atraso, quando um professor é humilhado dessa forma, não é só ele que acaba prejudicado. O estudante também sofre as consequências, assim como a família desse aluno que espera por um ensino de qualidade mas não recebe nada”, disse Nelcir.
O presidente do Sintergs cobrou também eficiência do poder judiciário, que não obriga o governador a cumprir a Constituição quando determina que os salários dos servidores sejam pagos até o último dia útil do mês trabalhado. A decisão já foi referendada até pelo STF, mas o Judiciário gaúcho continua sem se manifestar sobre esse desrespeito à lei.
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