Campanha do Sintergs expõe perseguição política de Leite aos servidores públicos grevistas
O Sintergs iniciou nesta semana uma campanha em âmbito estadual para alertar a população sobre a insensibilidade do governo com os servidores estaduais durante a pandemia do novo coronavírus. De forma ilegal e injusta, o governador Eduardo Leite segue descontando os salários dos funcionários em cerca de 30%, há três meses, devido à última greve, baseado numa decisão provisória do STF.
Todos os servidores estão sendo afetados, mas o prejuízo é maior com os servidores que estão na linha de frente de combate à pandemia. A campanha, que vai espalhar outdoors por todo o Rio Grande do Sul, apela que o governador negocie uma suspensão nos descontos, considerando que a decisão não se sustenta.
“Servidores da saúde e outros órgãos combatem a Covid-19 com salários ilegalmente cortados. Você acha isso correto?”, pergunta a campanha. Em seguida, tenta chamar Eduardo Leite à razão: “Negocia, governador. Enfrentar a pandemia com salário cortado não é justo”.
Segundo o presidente do Sintergs, Antonio Augusto Medeiros, a greve ocorrida entre 2019 e 2020 foi legal e cumpriu todos os requisitos determinados pela Constituição. “Trata-se de uma posição autoritária e inconstitucional do governador, que está tornando insustentável a situação dos servidores. Se o governador não escuta, vai agora enxergar a ilegalidade que está cometendo”, disse.
Medeiros advertiu que, além do corte injustificado, os servidores estão há mais de cinco anos com os salários atrasados e também sem reposição, nem dos índices inflacionários, nos últimos seis anos. Sem contar, lembra o dirigente, que a quitação do 13º salário do ano passado está sendo feito em 12 parcelas, quando a legislação determina pagar até 30 de dezembro. “Trata-se de uma perseguição política aos servidores”, afirmou Medeiros.
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