Cresce rejeição a pacote do governo na Assembleia; greve dos servidores segue forte

Cresce rejeição a pacote do governo na Assembleia; greve dos servidores segue forte

Representantes do Sintegs reuniram-se com deputados estaduais na Assembleia Legislativa na tarde de quarta-feira (27) para reforçar a disposição de manter o movimento até que o pacote de reforma administrativa do governador Eduardo Leite (PSDB) seja retirado ou rejeitado pela Casa.

Na reunião com a deputada Juliana Brizola (PDT) e os deputados Edson Brum e Sebastião Mello, ambos do MDB, as indecisões dos parlamentares em relação ao pacote deram lugar à disposição de apoiar a luta dos servidores. Estiveram presentes representantes de 32 entidades e de três centrais sindicais.

O diretor vice-presidente do Sintergs, Guilherme Toniolo, informou aos parlamentares que categoria está em greve e que vai seguir paralisada enquanto o governo não retirar o pacote ou, pelo menos, o regime de urgência com que tramita na Assembleia. “É o mínimo para que se possa ter um diálogo produtivo com o governo, conforme prometido em campanha. O pacote, do jeito que está, destrói o serviço público e não resolve nada da situação financeira do Estado”, afirmou aos deputados.

A greve, que ingressa no terceiro dia nesta quinta-feira (28), abrange mais de 65% da categoria, com serviços interrompidos nas secretarias de Agricultura, Saúde, Planejamento, Cultura, entre outras.

Unidades importantes, como o Sanatório Partenon, o Hemocentro do Estado, o Ambulatório de Dermatologia Sanitária e o Hospital Psiquiátrico São Pedro, estão apenas com 30% da capacidade em funcionamento. Na secretaria de Obras, as coordenadorias do interior também estão aderindo massivamente à paralisação.

Nesta manhã, os servidores da secretaria de Agricultura fizeram um “bananaço” com distribuição de frutas orgânicas à população em frente ao prédio do órgão, em Porto Alegre. Pela manhã, a mobilização foi realizada na entrada do Centro Administrativo do Estado, que está com muitas secretarias paradas.

 

No final da tarde de quarta-feira, a bancada do MDB na Assembleia, com oito deputados, publicou uma nota oficial se posicionando contrária à proposta de reforma administrativa – especialmente as mudanças no plano de carreira do magistério. Os parlamentares defendem “um profundo e amplo diálogo [do governo] com os parlamentares e a categoria no entido de aprimorar o projeto”.

Leia a íntegra da nota oficial da bancada do MDB:

NOTA OFICIAL

Desde o protocolo do pacote do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, a bancada do MDB tem buscado compreender as propostas para unificar a posição de seus oito deputados. Temos nos reunido e dialogado com entidades sindicais dos servidores e técnicos do Executivo, bem como nossa assessoria tem estudado os projetos.

Da forma que foi encaminhada, não concordamos com a proposta que prevê alterações na carreira do magistério. Entendemos que será necessário um profundo e amplo diálogo com os parlamentares e com a categoria, no sentido de aprimorar o projeto e deixá-lo atrativo para os professores.

 

Pela importância e complexidade das matérias, entendemos ser necessário um prazo mais amplo para deliberarmos.

A bancada do MDB entende sua importância para a eventual construção de maioria no Parlamento, o que reforça a necessidade de plena compreensão das proposições, bem como um possível aperfeiçoamento das mesmas.

O senhor Chefe da Casa Civil do Governo do Estado foi comunicado dessas decisões pelo Líder da Bancada nesta tarde.

Bancada do MDB

Fábio Branco – Líder da Bancada

Carlos Búrigo

Edson Brum

Gabriel Souza

Gilberto Capoani

Sebastião Melo

Tiago Simon

Vilmar Zanchin

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