Em encontro na Assembleia Legislativa, servidores pressionam Piratini e pedem retirada do PL que trata da atuação de organizações sociais no serviço público
O Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa ficou lotado na tarde desta segunda-feira (30/05), em sua maioria por servidores públicos e estudantes, durane a audiência pública com o tema “O desmonte do serviço público”, realizada pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos da ALrs e pela Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público.
Os servidores exigem a retirada do PL 44/2016, de autoria do Governo do Estado. O projeto, que está na Comissão de Constituição e Justiça, permite que o governo qualifique como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, com atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à gestão, ao meio ambiente, à ação social, ao esporte, à saúde e à cultura.
O projeto, na verdade, em sua essência, precariza as funções públicas e abre as portas para a privatização de áreas consideradas essenciais.
Em sua manifestação, representando o Sintergs, a servidora Cláudia Magnus, salientou que sucessivos governos têm precarizado as condições de trabalho dos servidores públicos e que uma das consequências é o adoecimento dos trabalhadores. Destacou ainda que a saúde física e psíquica dos servidores tem sido atacadas com precarizações, terceirizações, quarteirizações e desmandos.
“Estamos aqui hoje para lutar pelo nosso trabalho. Pelo nosso trabalho que queremos e sabemos fazer e que querem nos tirar. E a saída é essa aqui. Pelo coletivo, com todos unidos”, destacou Claudia.
Carta ao governo
Por mais de duas horas, representantes dos servidores e deputados se revezaram na tribuna para pedir a retirada da proposta do Parlamento. No final do encontro, os participantes aprovaram uma carta para o governo do Estado, reafirmando as críticas e pedindo a retirada do projeto da Casa.
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