Mais um golpe do Governo
Por Joanes Machado da Rosa, presidente do Sintergs
Não bastasse as medidas de aniquilamento dos servidores e dos serviços públicos implementadas até agora, com a retirada de direitos conquistados ao longo de muitos anos pelos servidores públicos do Rio Grande do Sul, vem o governador, novamente, se voltar contra estes trabalhadores, ameaçando demitir funcionários concursados.
Serviços, de qualidade, na saúde pública, educação e segurança pública, apenas para referir o tripé dos que defendem o estado mínimo, estão cada vez mais sendo exigidas pela população. Praticamente todos os setores da administração pública apresentam déficit de funcionários. Pensar em resolver as questões conjunturais do estado demitindo servidores é, no mínimo, um grave sinal de alucinação do governo.
A alardeada crise nas finanças públicas não advém do gasto com o pessoal e ela deve ser enfrentada com muito trabalho e criatividade. A implementação da receita com a atração de investimentos e uma campanha eficaz contra a sonegação e as isenções fiscais aliada a uma solução favorável em relação à dívida com a União, são os instrumentos adequados para o enfrentamento dos problemas financeiros. Demitir funcionários estáveis e efetivos e até mesmo não nomear os concursados que estão aguardando a nomeação só ampliaria mais os problemas.
Parece que o governador não sabe que uma parcela importante dos vencimentos dos servidores retornam ao estado através dos tributos, que não são poucos, que o servidor também consome e graças a isto injeta dinheiro na economia, fortalecendo o comércio, proporcionando mais empregos e atraindo novas empresas.
Esta atitude insana do governo já está gerando um clima insustentável de insegurança e terror junto aos servidores e a população que recebe os serviços públicos. O Rio Grande do Sul e sua gente não merecem este governo. Será que entre o seu staf e a sua base aliada não existe homens ou mulheres capazes de convencê-lo que o enfrentamento desta situação passa por outras soluções que não a perseguição aos servidores públicos e ao desmantelamento do estado?
Não existe outra alternativa a não ser lutarmos unidos com todas as armas necessárias contra esta atitude do governo, pois o Rio Grande somos todos nós e não apenas aqueles que se estabelecem no Palácio Piratini por 4 anos. Ou nos indignamos e agimos contra esta situação ou seremos aniquilados por quem quer usar o estado para benefício próprio ou para benefício do grande capital.
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