Meu Ambiente Importa: atual sede do CEVS fica em prédio anteriormente condenado

Meu Ambiente Importa: atual sede do CEVS fica em prédio anteriormente condenado

A situação calamitosa e de risco para os servidores estaduais que atuam em instalações precárias ficou ainda mais evidente nesta semana, após as fortes chuvas que atingiram, principalmente, a Região Metropolitana de Porto Alegre. Para a diretoria do Sintergs, ou o Governo do Estado desconhece ou apresenta total descaso pela situação e segurança das pessoas que trabalham nesses locais.

A questão ficou evidente quando o Sintergs denunciou, nesta quinta-feira (27/09), a situação dos prédios Central do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e do Hospital Sanatório Partenon, os quais amanheceram alagados, com goteiras e com alto risco, sobretudo na rede elétrica. Vídeos evidenciaram a precariedade dos locais.

Diante da situação, chamou atenção nota emitida pela Secretaria Estadual da Saúde, informando que o problema “não prejudicou o atendimento à população”. Além disso, afirmou, especificamente relacionada à sede do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), que os servidores foram realocados para outros andares e continuaram exercendo suas atividades.

Prédio Central do CEVS tem um andar apenas.

Todavia, o prédio Central do CEVS é térreo. Dessa forma, os servidores seguiram trabalhando, sim, porém em meio ao local alagado, com água jorrando pelas paredes e fiação elétrica exposta.

Vale destacar, e parece que a SES também não tem essa informação, que a atual sede do CEVS fica no prédio onde ficava o antigo Laboratório Farmacêutico do Estado do RS (Lafergs), após a antiga sede do CEVS ser doada.

Entenda o caso

O prédio Central, sede do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), situado na avenida Ipiranga, nº 5.400, no bairro Jardim Botânico, ficou alagada devido a inúmeras goteiras existentes no local, o que compromete o trabalho. Além disso, relatos de servidores que chegaram ao Sintergs dão conta de alto risco de curto circuito e choque elétrico, pois a água está em contato com a fiação. Mais grave ainda, os servidores não foram liberados para trabalhar de casa.

As condições insalubres e precárias como falta de banheiros em condições adequadas, risco de incêndio das instalações elétricas e a situação sanitária e predial degradante levaram o Sintergs a solicitar ao Ministério Público do Trabalho a intervenção imediata do Centro Administrativo Fernando Ferrari e da 1º Coordenadoria Regional de Saúde (1º CRS), localizada no Centro Histórico de Porto Alegre. Agora, o Sintergs estuda pedir a intervenção também do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e do Hospital Sanatório Partenon.

Paralelamente ao pedido, o Sintergs lança, nesse mês de Setembro, a campanha “Meu ambiente importa”, que busca mobilizar servidores a denunciar problemas no seu local de trabalho. Assim, o servidor pode enviar denúncia para o [email protected] detalhando o problema. O objetivo é também pressionar o Governo a tomar alguma atitude sobre o tema.

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