Negativa da Secretaria do Tesouro Nacional em relação ao plano de recuperação fiscal do Piratini evidencia as meias verdades do Governo Sartori

Negativa da Secretaria do Tesouro Nacional em relação ao plano de recuperação fiscal do Piratini evidencia as meias verdades do Governo Sartori

O debate sobre a suposta crise financeira do Estado e o plano de recuperação fiscal do Governo Sartori parte de pressupostos falsos. A afirmação é do presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, durante audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais, nesta sexta-feira (24/11), na sala João Neves da Fontoura (Plenarinho) da Assembleia Legislativa.

“São meias verdades colocadas por esse Governo. Mas quando pedimos os números e os dados, o Palácio Piratini não fornece, ignora. E a sociedade acaba reproduzindo e debatendo essa mentira. Agora, com a posição do Governo Federal diante da proposta de recuperação fiscal apresentada pelo Governo Sartori fica claro”, destacou o presidente do Sintergs.

Depois de duas semanas, o Governo Sartori recebeu nesta quinta-feira (23/11) parecer da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) sobre o pedido de habilitação ao regime de recuperação fiscal. E a resposta não foi positiva. O órgão concluiu que o Estado não atende a um dos requisitos exigidos.

Agora, o Palácio Piratini aposta em uma saída política para tentar reverter o parecer técnico. A negativa do Governo Federal já repercute na Assembleia Legislativa, onde quatro projetos sobre o tema aguardam votação.

Em audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira na AL, proposta pelo deputado estadual Pedro Ruas (PSOL), servidores e lideranças políticas debateram o regime de recuperação fiscal do Estado.

Auditores da Receita Estadual reforçaram que apoiam a recuperação fiscal, porém com o foco no combate à sonegação e em uma reavaliação dos incentivos fiscais. De acordo com dados apresentados por auditores, o RS teria R$ 7,8 bilhões sonegados somente de ICMS e cerca de 160 empresas recebem incentivos na ordem de R$ 5,3 bilhões.

Ainda em sua fala durante a audiência pública, o presidente do Sintergs ressaltou a falta de seriedade e de respeito com o trabalhador com sucessivos atrasos nos salários, como forma de evidenciar que a postura do Governo Sartori não é séria.

“Para citar um exemplo, o servidor público hoje é o último a saber quanto e quando receberá seu salário. Todos sabem, o secretário sabe, a imprensa sabe, mas o servidor não. O trabalhador não consegue, sequer, organizar suas finanças pessoais. Por isso, repito, estamos partindo de pressupostos falsos nesse debate. O certo é lutarmos para que nada dessas propostas sejam apreciadas. Esses projetos traduzem meias verdades e precisam ser retirados de tramitação do Parlamento Gaúcho”, concluiu Nelcir.

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