Presidente do Sintergs diz que estabilidade no serviço público protege servidor contra pressões políticas e partidárias

O presidente do Sintergs, Joanes Machado da Rosa, reaguiu com veemência contra o pronunciamento do Governador José Ivo Sartori, que disse que os servidores deveriam “dar graças a Deus” por terem estabilidade. A frase infeliz, na visão da entidade, veio em meio a um discurso em que falava das dificuldades do Estado em garantir os salários em dia e na íntegra.

De acordo com o dirigente do Sintergs, que representa Técnicos-científicos, Especialistas em Saúde e Extranumerários – todos servidores de nível superior -, o Governador segue com a estratégia de tentar desmoralizar os servidores públicos.

“O Governador Sartori continua a utilizar o velho e surrado argumento que a culpa é dos servidores. Isso coloca em descrédito o trabalho realizado pelos servidores públicos e, por consequência, o próprio serviço público, pela crise das finanças. Em troca da estabilidade, o servidor não tem fundo de garantia, não tem dissídio, ficando a mercê do governo para o reajuste de salários e uma série de tipificações penais próprias. Estamos sujeito a regras das sindicâncias e dos inquéritos administrativos. A estabilidade, na verdade, protege o servidor de pressões políticas e partidárias”, destacou Joanes Machado da Rosa.