Pressão das entidades desestabiliza base do Governo Sartori que no primeiro dia de sessão extraordinária sofre derrota fragorosa
A pressão das entidades e dos servidores públicos teve resultado mais uma vez. O Governo Sartori perdeu, nesta segunda-feira (29/01), o primeiro embate travado na Assembleia Legislativa para aprovar o Regime de Recuperação Fiscal e o fim do plebiscito para venda de estatais.
Na tentativa de encerrar a sessão antes de votar as propostas, a oposição pediu verificação de quórum – artimanha comum nesses casos – e conseguiu o fim da sessão.
Sem esconder a frustração, o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, ficou visivelmente irritado, entrou em uma sala reservada junto a parlamentares da base e saiu sem dar entrevista.
Enquanto isso, os servidores públicos presentes nas galerias e do lado de fora do Parlamento comemoraram a derrota do Governo Sartori que só tem até quarta-feira (31/01) para votar os projetos.
A pressão das entidades deve permanecer. O Sintergs estará de prontidão na Praça da Matriz e convida todos os seus representados para, mobilizados e unidos, barrar mais um ataque do Governo Sartori contra a população gaúcha.
O presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT), afirmou que a sessão será retomada a partir das 14h desta terça-feira (30/01), do ponto onde parou, isto é, votação do requerimento de convocação da AL pelo Governo (RDI 1 2018).
Outros quatro projetos estão na pauta, conforme propôs o governador Sartori. São eles: o Projeto de Lei Complementar (PLC) 249/2017 que trata da adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal e as Propostas de Emenda Constitucional (PEC’s) 266/2017, 267/2017 e 268/2017.
A matéria das PEC’s, propostas por Sartori, tramitam há mais de um ano no Legislativo, mas o Piratini ainda não conseguiu aprová-las por falta de unidade de sua base, pela pressão dos partidos da oposição e de servidores públicos.
As PEC’s eliminam a necessidade de plebiscito para a alienação, transferência do controle acionário, cisão, incorporação, fusão ou extinção da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Sulgás e da CEEE. Ou seja, facilita a privatização dessas companhias.
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