Primeiro dia de greve alcança 65% da categoria; agenda de mobilizações se intensifica
A greve dos servidores estaduais ligados ao Sintergs, Sindisepe e Sindicaixa abrangeu cerca de 65% das categorias nesta terça-feira (26), primeiro dia do movimento definido na Assembleia Geral do último dia 14 de novembro.
Alguns setores tiveram paralisação próxima de 100%, como servidores das secretarias de Agricultura, do Planejamento, da Cultura e de Obras, do Instituto Geral de Perícias (IGP), da Saúde, do Hemocentro do Estado, do Sanatório Partenon e do Hospital Psiquiátrico São Pedro.
Pelo interior do Estado, a greve também foi muito forte. Servidores em várias cidades do interior paralisaram. Apenas atividades essenciais e de iminente risco de vida foram realizadas, o que corresponde aos 30% previstos em lei.
Pela manhã, o salão de eventos do Hotel Everest, no Centro de Porto Alegre, lotou para a assembleia de mobilização da greve. A presidente do Cpers, Helenir Schürer, participou como convidada da assembleia – os professores estão paralisados desde a segunda-feira, com adesão superior a 85%.
“Vamos mostrar para o [governador Eduardo] Leite que guri do jeito dele não se cria aqui. Vai ter que aprender a respeitar os servidores públicos do Estado e retirar o pacote de maldades da Assembleia”, discursou.
O presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, disse que o governador é “um destruidor de bons exemplos”, na medida em que desestimula a educação e os serviços públicos com seus projetos de aniquilamento das carreiras de Estado.
“É pacote em cima de pacote retirando nossos direitos. Está na hora de trazer um pouco de desconforto para a sociedade, para que todos compreendam que o serviço público é importante, especialmente para os mais pobres”, disse.
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