Servidores abraçam Escola de Saúde Pública em protesto contra desmonte do Governo Sartori
Trabalhadores, servidores públicos, estudantes e residentes, realizaram um “abraçasso” na Escola de Saúde Pública RS. O objetivo do ato foi marcar posição contra a iniciativa do Governo Sartori que visa ao desmonte da formação em saúde pública, uma vez que com o PL181, já aprovado na Assembleia Legislativa, prevê a venda de imóveis do Estado, entre os quais o da ESP.
Segundo a psicóloga, servidora do Hospital Sanatório Partenon e associada do Sintergs, Silvia Perivolares, o objetivo do Governo Sartori é o enfraquecimento da função primordial do poder público. “Denunciar esse ataque é nosso papel enquanto servidores e cidadãos. Saúde e educação não são despesas, são investimentos”, destaca.
A manifestação, que ocorreu mesmo com forte chuva, na quinta-feira (17/11), teve o objetivo de marcar posição contra a PEC 55 (antiga PEC 241) que tramita no Senado e estabelece um teto nos investimentos em saúde e educação no Brasil.
Já Marta Conte, psicóloga, servidora do HSP e associada do Sintergs, a ESP é um espaço de excelência na formação em saúde coletiva. “Não permitiremos que esse desgoverno destrua a ESP”, salienta.
Segundo o diretor do Sintergs, Elpídio Borba, o sindicato será sempre parceiro de todas as iniciativas que visem a manutenção dos
serviços públicos. “Acabar com a Escola de Saúde Pública, instituição com mais de 50 anos, uma referência na formação de profissionais para atuarem no SUS não será tarefa fácil. Resistiremos até as últimas consequências”, conclui o diretor.
Fátima de Barros Plein, Especialista em Saúde, psicóloga e componente da Comissão Organizadora do Evento, diz que a. Escola de Saúde Publica é uma instituição comprometida há décadas com a qualificação de trabalhadores da saúde nesse. estado. “Aliamos nossa luta a de todos os colegas servidores e à sociedade brasileira como um todo, que hoje enfrenta de pé criminosos ataques à democracia e às conquistas sociais. Não vamos ceder à pressão dos que tratam a saúde como mercadoria, seus trabalhadores como peças de uma engrenagem e seus usuários como números. Nossa história nos convoca à luta e nos fortalece. Todos pela ESP, todos pelo SUS”, ressalta.
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