Sintergs alerta que princípio de incêndio no prédio da prefeitura de Porto Alegre está na iminência de ocorrer também em prédios do Governo do Estado

Sintergs alerta que princípio de incêndio no prédio da prefeitura de Porto Alegre está na iminência de ocorrer também em prédios do Governo do Estado

Na semana que marca os 12 anos da tragédia da boate KISS, o princípio de incêndio no prédio Intendente José Montaury, no Centro Histórico de Porto Alegre e onde funcionam diversos órgãos da prefeitura de Porto Alegre, é uma tragédia anunciada. O fato que ocorreu na prefeitura também está na iminência de ocorrer em órgãos do Estado, como Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF). O alerta é do presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier.

“Assim como no prédio da prefeitura, que inúmeras vezes teve que ser evacuado por conta de incêndios decorrentes da negligência de sucessivos governos, o CAFF e outros prédios do Estado também colocam em risco a vida de centenas de servidores públicos e cidadãos. Infelizmente, os governos parecem não aprender nada com as tragédias”, lamenta o presidente do Sintergs.

A entidade relatou denúncias e levou o tema das precárias e inseguras condições de prédios públicos do Estado ao Ministério Público do Trabalho.

Ambientes insalubres e precários e que apresentam risco de incêndio das instalações elétricas levaram o Sindicato dos Servidores de Nível Superior (Sintergs) a solicitar ao Ministério Público do Trabalho a intervenção imediata do Centro Administrativo Fernando Ferrari e da 1º Coordenadoria Regional de Saúde (1º CRS), localizada no Centro Histórico de Porto Alegre.

Um laudo técnico e pericial contratado pelo Sintergs detalhou as condições sanitárias e de segurança do trabalho na 1º CRS. Assinado por engenheiro de segurança do trabalho e perito judicial registrado no Conselho Regional de Engenharia (CREA), o estudo constatou que o “ambiente laboral não apresenta condições adequadas no que diz respeito às instalações elétricas, prediais civis, à ergonomia e às condições sanitárias de higiene”.

Ainda de acordo com o laudo, durante a inspeção, o perito identificou “gambiarras” elétricas nas salas administrativas, tais como utilização de ligações elétricas excessivas em dispositivos dos tipos “T” e em extensões elétricas, quadros elétricos desprotegidos, instalações elétricas improvisadas, tomadas elétricas fixadas com fita do tipo “Durex”, instalações elétricas subdimensionadas e cabos e fiações elétricas espalhados pelos pisos e fiações elétricas desprotegidas (não tubuladas), as quais aumentam em muito o risco de incêndio de origem elétrica na edificação.

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