Sintergs denuncia a tentativa de retirada da insalubridade na Secretaria da Saúde

Após receber o relato de dezenas de associados sobre a iminente retirada da insalubridade de servidores da Secretaria da Saúde em plena pandemia, o Sintergs denuncia a falta de diálogo por parte do Estado para tratar do assunto. Os depoimentos dão conta de que a ameaça de arbitrariedade e retirada de direitos vem ocorrendo com trabalhadores da Saúde, entre eles os do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

Na tratativa mais recente, em 11 de fevereiro, o sindicato solicitou reunião com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, e com a diretora do Cevs, Cynthia Goulart Molina-Bastos, mas não obteve retorno até o momento. Desde agosto de 2020, quando a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (Seplag) abriu processo administrativo eletrônico para revisar a insalubridade dos trabalhadores, o sindicato nunca foi chamado para discutir sobre o tema.

“O que levou o governo a querer revisar a insalubridade de servidores da Saúde, que estão em contato com agentes contaminantes físicos, químicos e biológicos? São atividades de fundamental importância para a saúde pública, especialmente durante a pandemia, até para verificar as condições das clínicas, hospitais e laboratórios”, alerta Angela Antunes, diretora do Sintergs. A dirigente lembra que estes trabalhadores se mantêm atuando, mesmo com todo o Estado em bandeira preta, pois suas atividades são consideradas essenciais. “Estamos questionando este ato que visa retirar a insalubridade, que é um direito de qualquer trabalhador exposto a risco.”

Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini