Sintergs participa de protestos em Brasília contra as reformas que prejudicam a população

Sintergs participa de protestos em Brasília contra as reformas que prejudicam a população

Milhares protestaram em Brasília (DF), nesta quarta-feira (24/05), contra reformas da previdência e trabalhista e por eleições gerais diretas, após os mais recentes escândalos divulgados e que envolvem o atual presidente da República.

Mesmo com a repressão violenta da polícia militar, que usou armas letais contra os manifestantes, os protestos tomaram Brasília. O Sintergs participou dos atos durante todo o dia.

“Além de protestar contra reformas trabalhista e previdenciária, pedimos eleiçõe gerais. Se forem indiretas, temos quase certeza que aqueles os governantes de hoje, incluindo a oposição, escolherão alguém que não representará os interesses do povo. Com eleições diretas, o eleito ficará na mão da maioria, incluindo a oposição, que também está com o rabo preso”, destaca o presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, que participou em Brasília do dia de mobilização.

A manifestação contra as reformas estava marcada desde antes de vir a público a investigação sobre Temer, resultante da delação da JBS. As suspeitas de corrupção e de obstrução da Lava Jato, divulgadas na semana passada, só engrossaram o protesto.

“A ocupação de Brasília era, antes, só contra as reformas , mas com os novos fatos incluímos eleições gerais. É estranho ver que tem sindicatos querendo diretas só para presidente. Para ambas as formas é preciso mudar a Constituição, mas queremos instigar entidades e o povo a pensar nessa possibilidade de eleições gerais.

Autoridades e os próprios integrantes do Governo Federal avaliaram que o volume de pessoas no protesto foi significativo. Autoridades calcularam que entre 500 e 600 ônibus de outras cidades chegaram a Brasília. Era possível encontrar manifestantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Rio Grande do Sul, como a caravana organizada pelo Sintergs.

“Estamos vivendo golpes desde 1988. Todos o governos que entraram golpearam os servidores públicos, inclusive Lula e Dilma. Temos que dar um basta em tudo isso. Há outras alternativas para melhorar as finanças do País e do Estado do RS, mas não são adotadas por interesses espúrios. Por exemplo, é preciso fazer uma auditoria na dívida pública, combate à sonegação, combate às isenções fiscais, combater a corrupção, obter os recursos devidos da Lei Kandir, entre outras medidas. Ou seja, não fazem e querem que paguemos a conta. Não foram essas as propostas durante as eleições”, conclui Nelcir.

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