Sintergs pede providências ao MP sobre campanha de vacinação contra febre aftosa
O Sintergs denunciou ao Ministério Público do Estado (MP), nesta quinta-feira (19), a falta de providências do governo em relação à campanha de vacinação contra febre aftosa nos rebanhos bovinos e bubalinos, que tem previsão de se estender até 14 de abril. O procedimento tem provocado intensa movimentação de pessoas nas 250 unidades de Defesa Agropecuária do Estado.
A campanha de vacinação iniciou na última segunda-feira (16), em detrimento de todos os esforços e recomendações técnicas sobre a necessidade de evitar aglomerações como forma de conter o novo coronavírus. O Sindicato alertou o MP também sobre a falta de álcool em gel nas unidades e de sabonete líquido nos sanitários, essenciais para a higienização necessária ao combate ao vírus.
O Sintergs já havia protocolado um ofício junto à Casa Civil, na terça-feira (17), solicitando providências em relação à campanha. As medidas adotadas pela Secretaria da Agricultura, no entanto, até agora foram apenas paliativas, como a comprovação online, ou junto aos respectivos sindicatos rurais, de vacinação dos rebanhos.
O documento afirma que não há nenhum risco sanitário para os rebanhos em postergar ou suspender temporariamente a campanha, permitindo que os criadores comprovem a vacinação quando a crise tiver sido superada. A vacinação normalmente é realizada em maio.
“Mesmo em meio à pandemia de novo coronavírus, as unidades de defesa agropecuária estão funcionando normalmente. Formalizamos nossa preocupação na Casa Civil no início da semana, mas como não houve sensibilidade para que a campanha fosse suspensa ou postergada denunciamos ao Ministério Público como forma de proteger a saúde dos servidores e dos produtores rurais”, justificou a diretora do Sintergs, Angela Antunes de Souza.
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