URGENTE: Corpo a corpo com novos deputados marca manhã de mobilização do Sintergs
Diretores do Sintergs e de outras entidades representativas dos servidores públicos do Estado passaram a manhã mobilizados na Assembleia Legislativa contra a possibilidade de votação da PEC 242/2016, que acaba com a licença-prêmio da categoria. O Sintergs focou sua ação especialmente nos novos parlamentares, eleitos em 2018 e que não participaram da aprovação da matéria em primeiro turno – votado em 2016.
O presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, disse que a votação da PEC em segundo turno, se ocorrer, contraria o discurso de campanha de Eduardo Leite, que prometeu diálogo com a sociedade e com os servidores. “Que diálogo é esse que vota uma matéria rejeitada pela sociedade gaúcha na eleição de 2018? A eleição de Leite foi uma aposta na renovação, mas o que estamos vendo é a reprodução da velha prática de ignorar os argumentos contrários”, disse.
O corpo a corpo começou com o deputado pedetista Luiz Marenco (PDT), que se mostrou simpático à ideia de rejeitar a PEC. A diretoria argumentou que a medida prejudica os servidores com salários mais baixos, na medida em que prevê a troca da licença-prêmio por cursos de capacitação bancados pelos funcionários. “Mais de 80% dos servidores têm salários inferiores a R$ 5 mil. Como esse servidor, que ainda recebe de forma parcelada, vai bancar uma capacitação?”, questionou o diretor vice-presidente Guilherme Toniolo.
A PEC 242 foi aprovada em primeiro turno em 2016 e, desde então, nunca foi levada à segunda votação – necessária por se tratar de uma emenda constitucional. O que os servidores pleiteiam, argumentou o presidente do Sintergs, é a rejeição da matéria para que o mérito possa ser discutido novamente, “já que mais de metade dos deputados estão em primeiro mandato – e, portanto, não votaram a PEC”.
Os diretores conversaram também com os deputados Eric Lins (DEM), Professor Issur (PP) e Gaúcho da Geral (PSD).
Junto a outras entidades que representam os servidores estaduais, o Sintergs está em vigília na Praça da Matriz, em frente à Assembleia Legislativa, contra a aprovação da PEC. A mobilização foi decidida em reunião das entidades representativas dos servidores públicos na noite de segunda-feira (25).
“Nossos novos representantes deveriam, no mínimo, estabelecer um diálogo elucidativo com as partes envolvidas ao invés de votar às escuras, como quer o governo. Ainda mais que a PEC nada trará de melhorias para o Estado e para o povo, é um projeto prejudicial aos serviços públicos”, disse Nelcir.
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