30M leva milhões de pessoas às ruas em defesa da educação e contra reforma da Previdência

30M leva milhões de pessoas às ruas em defesa da educação e contra reforma da Previdência

Mesmo com tempo chuvoso e com o frio do final do outono, milhares de pessoas participaram na quinta-feira (30) do protesto contra os cortes de verba na educação em  todo o país batizados de 30M. Estudantes, professores e trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público se uniram em torno de bandeiras comuns, entre elas também a luta para derrubar a proposta de reforma da Previdência do governo que tramita no Congresso. O Sintergs e a CGTB participaram do ato com cartazes, faixas e bandeiras.

Em Porto Alegre e em diversas cidades do interior, os protestos foram marcados pela palavra de ordem “a nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador” – entoada sob os guarda-chuvas e capas plásticas usadas pelos manifestantes para se proteger da chuva. Só na Capital os organizadores do ato estimam que  30 mil pessoas participaram da manifestação. A União Nacional dos Estudantes (UNE), que coordenou os atos em nível nacional, estima que 1,8 milhões de pessoas saíram às ruas no 30M nos 26 estados e no Distrito Federal.

Foi o segundo Dia Nacional de Mobilização desde que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou uma redução de 30% na verba de custeio destinada à educação superior pública. Com palavras de ordem como “você vai ver o que é violência, quando o governo acabar com a Previdência”, os manifestantes caminharam desde a Faculdade de Educação da UFRGS até a Esquina Democrática, no Centro, onde uma concentração esperava a chegada do protesto. Depois, a caminhada foi retomada pela avenida Júlio de Castilhos, Túnel da Conceição até o Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. O movimento #30MPelaEducação teve o apoio das centrais sindicais, que convocaram a Greve Geral marcada para 14 de junho.

O presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, saudou a unidade de trabalhadores e estudantes numa agenda de lutas comum. “Os atrasos de salários e a falta de reposições das perdas inflacionárias, também entre os trabalhadores da educação, são consequências da atual política concentradora de renda deste governo. Por isso somos contrários à destruição da Previdência, pois ela vai agravar ainda mais a atual situação de crise”, disse.

 

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