MPT determina que Secretaria da Saúde comprove fornecimento de EPIs aos servidores

MPT determina que Secretaria da Saúde comprove fornecimento de EPIs aos servidores

Em audiência virtual realizada na tarde desta quarta-feira (9/9), o Ministério Público do Trabalho (MPT) determinou que a Secretaria Estadual da Saúde (SES) comprove, no prazo de 20 dias, o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para que os servidores atuem com segurança na pandemia. Os protocolos de cada setor também terão que ser apresentados. A decisão resultou de denúncia sobre as más condições de trabalho no Hemocentro, no Lacen e no CEVS, formalizada pelo Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs) no final de julho.

“No começo da pandemia, era terra arrasada. Depois foi melhorando”, disse o vice-presidente do Sintergs, Elpídio Jaques de Borba, sobre o fornecimento dos materiais necessários. Na avaliação do dirigente, que participou da audiência, o resultado é positivo porque o MPT conseguiu intervir. Além da escassez de EPIs, o sindicato também denunciou a falta de transparência, já que diversas vezes solicitou informações e reuniões, mas nunca foi atendido e sequer recebeu retorno dos pedidos formalizados por meio de ofícios. “A expectativa é que a partir de agora se estabeleça um canal de comunicação”, disse.

Além do vice-presidente do Sintergs, participaram da audiência a diretora de Assuntos Previdenciários e Saúde, Raquel Fiori, e o diretor de Assuntos Funcionais e Qualificação Técnica, Humberto Periolo. Representando a SES, estavam as chefias do CEVS e do Lacen e representante do Hemocentro. Também estava presente o diretor da Divisão de Recursos Humanos da SES. Desde 2019, o Hemocentro Coleta e o Hemocentro Clínica está operando sem responsáveis técnicos, situação que faz aumentar a preocupação, sobretudo devido à pandemia.

Os funcionários públicos que atuam na linha de frente estão mais expostos à contaminação, o que aumenta a necessidade de adoção de protocolos efetivos de higiene. Recentemente, no Hemocentro, um servidor de 50 anos e sem comorbidades foi a óbito.

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