Arquiteta e engenheira, Alessandra diz que mulheres são colocadas à prova em suas atividades

Arquiteta e engenheira, Alessandra diz que mulheres são colocadas à prova em suas atividades

Na semana do Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março, o Sintergs publica uma série de entrevistas com trabalhadoras que representam as mulheres no serviço público, suas histórias, desafios e perspectivas. Nesta segunda-feira é a vez da arquiteta e engenheira Alessandra Freitas Godinho.

ALESSANDRA FREITAS GODINHO

Me formei em Arquitetura e Urbanismo e também em Engenharia Civil e atuo com fiscalização de obras e elaboração de projetos estruturais, há seis anos, na secretaria de Obras e Habitação. Meu interesse pela área começou como uma brincadeira, montando casinhas com peças de encaixar e desenhando quando ainda era criança. Ao passar por uma casa ou prédio que considerava bonito pensava que gostaria de trabalhar com isso. Logo, passei a acompanhar jornais e revistas sobre o assunto. Porém, não imaginava a enorme área que abrange arquitetura e urbanismo.

Após a conclusão da faculdade de Arquitetura, me identifiquei na área de projeto arquitetônico e construção. Isso me levou a fazer a pós-graduação em Produção Civil e abrir meu pensamento para área de Engenharia Civil.

Trabalhei na área de projetos arquitetônicos, avaliação de projetos terceirizados, projetos estruturais e há três anos estou na fiscalização de obras. Fiscalizei a execução da estrutura desde as fundações do novo prédio do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP) e continuo na fiscalização da obra como presidente da comissão de fiscalização. O novo prédio do IGP tem 11.580 metros quadrados de área. A fiscalização da obra é feita por uma equipe composta de arquitetos, engenheira civil, engenheiros mecânicos e engenheiros eletricistas.

Há 13 anos, quando era estudante de Arquitetura e cursava disciplinas no prédio da Engenharia, era notável que a maioria dos estudantes de lá eram homens. Percebo que aumentou a inserção da mulher nas diversas áreas da engenharia, e estamos conquistando nosso espaço.

Na área de projeto, tanto de arquitetura como da engenharia, não vejo diferença entre os gêneros, mas acredito que na obra ainda somos “colocadas à prova” para mostrar nossas capacidades.

Foi um desafio assumir essa obra do novo prédio do IGP, devido ao tamanho e complexidade da estrutura, mas tive apoio dos colegas mais experientes em estruturas e fiscalização. Com o tempo fui demonstrando minhas competências e acabei reconhecida pelo meu trabalho

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