Em meio à explosão de dengue no Estado, Governo retira gratificação de insalubridade de servidores da saúde
A segunda morte por dengue no Rio Grande do Sul em 2024 foi confirmada pelo Governo do RS na tarde desta terça-feira (06/02). O Estado vive uma explosão de dengue com registro de mais de 2,5 mil casos da doença nas primeiras semanas do ano e infestação do mosquito em mais de 90% dos municípios.
Pois em meio a essa crise que demandará, mais uma vez, esforço e trabalho das equipes de saúde do Estado – servidores públicos –, sem qualquer aviso prévio e possibilidade de defesa, a gratificação de insalubridade de 726 servidores públicos lotados na Secretaria Estadual da Saúde (SES) foi cortada,
O decreto do Governo do Estado, que foi publicado no Diário Oficial do Estado no início de Janeiro, cancelou o pagamento de gratificação de insalubridade de 726 servidores públicos lotados na Secretaria Estadual da Saúde (SES), acarretando perda entre 30% a 40% do vencimento dos servidores.
Conforme levantamento do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Estado (SINTERGS), foram atingidos servidores estaduais da Secretaria de Saúde lotados no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), na Divisão de Vigilância Sanitária, Divisão de Vigilância Epidemiológica, Divisão de Vigilância Ambiental, Divisão de Apoio Técnico, Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador – que fazem parte do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) -, além dos servidores vinculados às Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS).
Todas essas equipes também atuam no combate a dengue no estado em trabalhos como: supervisão dos postos de saúde municipais, treinamentos para atendimentos a dengue e vigilância da água.
Dengue no RS
O aumento no número de casos confirmados de dengue é uma das preocupações da secretaria de saúde do RS (SES/RS). Na imprensa, a responsável pela pasta, Arita Bergmann, afirmou que 466 municípios gaúchos estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti. No total, o Estado tem 497 municípios, ou seja, há infestação em 93% deles. Isso deve sobrecarregar sobremaneira o sistema de saúde do RS.
“Temos uma nova epidemia no RS e a linha inicial de enfrentamento depende tecnicamente de toda a vigilância em saúde e atenção básica (postos de saúde). Os técnicos concursados do Estado são capacitados e experimentados em crises desse tipo e trabalharão sem a gratificação de insalubridade em defesa da vida e da saúde pública dos gaúchos, o que é um contrassenso. Conclamamos que essa nova situação sanitária que é grave sensibilize o governador para a indispensabilidade do nosso trabalho e a necessidade que temos de estar amparados ante o risco biológico a que estamos expostos destaca Priscilla da Silva Lunardelli, Diretora 2ª Vice-Presidente do Sintergs.
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