MUS apresenta documento que prova má gestão no Estado e eficiência dos servidores públicos
O Movimento Unificado dos Servidores do Estado (MUS) apresentou na manhã desta quarta-feira (4) em café da manhã na Assembleia Legislativa os resultados de um estudo sobre a PEC 285/2019, que altera carreiras, retira direitos e em alguns casos até reduz salários do funcionalismo gaúcho e do magistério.
O estudo desmonta a tese do governo de que o pacote irá resolver os problemas fiscais do Estado. “Para qualquer leigo que analise com um pouco de cuidado o pacote, é absolutamente claro que seu objetivo central é a retirada de direitos, especialmente dos servidores aposentados”, afirma o documento.
Participaram da apresentação o diretor-presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, e o diretor de Comunicação, Valdir Bandeira Fiorentin. Com dados do Ranking da Competitividade dos Estados, produzido pela consultoria B3 AS, o estudo afirma que o Rio Grande do Sul é o sétimo estado em competitividade com índice de 55,1 pontos – acima da média nacional de 49,3. Esse índice se mantém constante nos últimos anos, com pequenas variações para mais ou para menos.
O documento prova que as informações usadas para justificar as medidas são falaciosas porque o Estado é o segundo colocado no quesito Eficiência da máquina pública (um equação entre resultado, custo e PIB do serviço público) com 98,7 pontos – atrás apenas do Distrito Federal e muito acima da média nacional de 63,9 pontos.
Também induz ao erro quando afirma, para justificar as medidas do pacote da Morte, que custo com pessoal bateu em 82% da despesa empenhada, quando os dados do Portal da Transparência apontam para um percentual de 65,3%. Se forem considerados apenas os servidores em atividade, o percentual cai para 38% da despesa com pessoal – o que indica um alto grau de eficiência com salários baixíssimos.
“A retórica do governo de que o serviço público no Estado é caro e ineficiente caiu por terra. O estudo demonstra claramente o contrário: que a gestão da máquina pública tem sido ruim e que o trabalho dos funcionários, apesar disso, tem se destacado. Temos um Estado com servidores muito competentes, que são a solução para a crise – e não a causa do problema”, disse o diretor de Comunicação do Sintergs, Valdir Bandeira Fiorentin.
Acesse o estudo completo no PDF abaixo:
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