Servidores apresentam sugestões ao presidente do IPE Saúde
Credenciamento de especialistas, como fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos para atendimento clínico e ampliação da rede médica no Interior foram algumas das demandas apresentadas pelo grupo de aposentados do Sintergs ao presidente do IPE Saúde, Marcus Vinícius Vieira de Almeida. As propostas foram apresentadas nesta terça-feira (1/9), em reunião virtual com Almeida e com o diretor do instituto, Paulo Gnoato. Mais de 60 associados participaram do encontro.
O presidente do Sintergs, Antonio Augusto Medeiros, lembrou que o IPE Saúde é patrimônio dos servidores públicos, que contribuíram e contribuem para o seu papel social. “O instituto estimulou várias pessoas a entrarem no Estado por seus serviços de excelência que, infelizmente, vêm perdendo qualidade”, avaliou. O dirigente pontuou que o papel do sindicato é fiscalizar e participar das discussões para melhora no atendimento e consolidação do sistema de assistência à saúde.
“O IPE é um dos maiores responsáveis pela saúde pública do Estado, atende a mais de 10% da população do Rio Grande do Sul, e deve aumentar sua participação com a entrada de novos associados, a partir do convênios com prefeituras, por exemplo”, reforçou o diretor Danilo Krause, 2º vice-presidente do Sintergs, lembrando que são mais de 1 milhão de gaúchos atendidos.
O instituto está em fase de final de reestruturação após mudanças estruturais definidas há mais de dois anos, explica o presidente do IPE Saúde. A meta é criar até o final de setembro o conselho administrativo, colegiado de fiscalização previsto em lei sancionada em 2018 e que até hoje não foi implementado. Almeida também falou da peculiaridade de cobrança de seus associados, onde quem recebe menos paga menos e quem recebe mais paga mais, independentemente da idade.
Mais especialidades e pagamento de consultas
Sobre a oferta de mais especialidades para consulta, Almeida diz que o atual valor cobrado mensalmente impede que se agreguem novos serviços, apenas se for pensado em modalidades de planos mais caros. “Expandir esses serviços não cabe no equilíbrio atuarial. Pretendemos discutir a criação de planos complementares – hoje só tem o Pames”, adiantou o dirigente. Segundo Almeida, “nenhum plano de saúde no mercado consegue prestar serviços com esses valores. Por isso, há necessidade de fazer convênios e contratos com prefeituras e entidades de registro profissional. A partir desse incremento, teremos a possibilidade de manter equilíbrio financeiro. Só tem sustentabilidade quando tem boa base de contribuintes”.
Uma das organizadoras do encontro, a representante dos aposentados Ana Lúcia Touguinha Weidle relatou a proposta de o IPE Saúde começar a descontar em folha o valor da consulta e de exames. Hoje, o servidor paga no consultório ou laboratório pelos serviços. Esse tema ainda não está em discussão no IPE.
Rede de atendimento no Interior
No Interior, o presidente do IPE Saúde informou que pretende criar regionais de atendimento para atender os segurados em até 10 municípios. Nos municípios que não serão incluídos nos polos, a proposta é estabelecer convênios com as prefeituras e treinar um funcionário local para ser um facilitador e prestar assistência aos usuários do sistema de saúde. Almeida citou que as administrações de Estrela, Lajeado, São Borja, Cruz Alta, Santana do Livramento e Caxias do Sul já estão firmando parceria com o IPE Saúde.
Em relação à dificuldade de conseguir médicos no Interior, o dirigente disse que é um problema comum a todos os planos de saúde pela maior demanda na área da saúde e que o IPE, diferentemente de outros planos, não pode oferecer valor maior em determinada região ou especialidade, pois é público.
Almeida prometeu verificar a política de adoção de órteses, próteses e materiais especiais. E informou que, para combater fraudes, como indicação de próteses desnecessárias, o IPE Saúde estabeleceu cooperação com a Unimed de forma a buscar sustentabilidade de ambas.
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