Sintergs manifesta repúdio às flexibilizações em Porto Alegre
O Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs) manifesta repúdio às medidas anunciadas pelo prefeito de Porto Alegre. Em menos de uma semana de governo, Sebastião Melo flexibilizou os cuidados para conter o coronavírus, permitindo a ocupação máxima em estabelecimentos comerciais, além de ampliar os horários de bares e restaurantes. Tudo isso no auge da pandemia na Capital, no Estado e no País.
Estas e outras liberações estão no decreto nº 20.889, de 4 de janeiro de 2021, que na teoria “reitera o estado de calamidade pública e consolida as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo Coronavírus”. Na prática, o decreto também abre a possibilidade de retomada dos eventos e atividades sociais na Capital, mediante autorização.
Enquanto os trabalhadores dos serviços essenciais, entre eles os servidores públicos, seguem trabalhando diuturnamente para conter o vírus, o prefeito de Porto Alegre flexibiliza as medidas que até então vinham sendo adotadas e já se mostravam insuficientes. Por meio destas providências, Melo mostra que não está preocupado com a saúde da população, pois afronta todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde.
Não bastasse a flexibilização, Melo também anunciou que irá disponibilizar tratamento precoce com cloroquina na rede municipal de saúde, medida que não tem nenhuma comprovação de eficácia, conforme vem sendo amplamente divulgado pela imprensa. Para o Sintergs, que representa os servidores de nível superior do Estado, esta é mais uma afronta ao conhecimento, à pesquisa e à ciência, sobretudo para aqueles que dedicam sua vida ao estudo e ao cuidado de pessoas, como é o caso dos servidores da saúde.
Foto: Mateus Raugust/PMPA
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