Especial 35 anos: Comprometimento com a saúde única na Seapi
Da pesquisa agropecuária à fiscalização, os servidores da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) têm papel fundamental para a saúde única: humana, animal e ambiental. Atuam no desenvolvimento e produção de tecnologias, como vacinas, na prevenção de doenças e pragas e na fiscalização de produtos de origem animal e vegetal.
Uma das maiores conquistas para a pecuária estadual, o reconhecimento do Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação, é exemplo do trabalho de décadas. O próprio Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, fundado há 75 anos, nasceu a partir de uma grande demanda por pesquisa e produção de vacinas contra a febre aftosa. De lá para cá, os analistas de projetos e políticas públicas seguem à frente das políticas do setor agropecuário.
Uma das atribuições é a Atividade de Mitigação de Risco (AMR). No caso da febre aftosa, será realizado um levantamento sobre práticas de biosseguridade utilizadas pelos produtores. Com a amostragem a ser coletada pelos servidores da Seapi em 5,8 mil produtores, o objetivo é chegar a um nível de confiança de 95%.
“Realizamos atividades a campo, acompanhamos o carregamento de bovinos e ovinos, revisamos e contamos rebanho e prestamos orientações. Tudo isso trabalhando em parceria com o produtor, de forma que, em caso de incidência de doenças, ele não tenha receio de relatar”, detalha o fiscal estadual agropecuário Emanuel Pereira Boeira, que atua na Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) de São Vicente do Sul.
Outra tarefa realizada pelos servidores é a ação de vigilância ativa contra influenza aviária. Equipes se deslocam para locais de incidência da doença e recolhem aves silvestres para análise. Também alertam produtores e explicam sobre a influenza. Médico veterinário com especialização em Inspeção, Tecnologia e Vigilância Sanitária de Alimentos, Boeira destaca que todas essas atividades, de coleta das informações, tabulação dos dados, análise e divulgação dos resultados são incumbência dos servidores de carreira.
“O servidor de carreira permite que se realize um trabalho contínuo de análise dos dados para a criação de políticas públicas voltadas para os setores que realmente importam, reduzindo a chance de desperdício de recursos públicos”, afirma Boeira. Ao mesmo tempo, o fiscal que ingressou no Estado em 2014 relata que a falta de reposição salarial desestimula a permanência de muitos servidores e que os problemas de gestão prejudicam a realização do trabalho.
Foto: Arquivo pessoal
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