Especial 35 anos: Selo para agroflorestas é resultado do trabalho de servidores da Sema

Especial 35 anos: Selo para agroflorestas é resultado do trabalho de servidores da Sema

O lançamento do selo de certificação dos produtos oriundos de manejo agroflorestal no Rio Grande do Sul, em agosto deste ano, evidencia a importância dos servidores estaduais na formulação e execução de políticas públicas. Concedido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), o selo serve como uma marca de reconhecimento sobre boas práticas ambientais certificadas.

De acordo com a analista ambiental da Sema, Clara Weber Liberato, os servidores de carreira, junto a outras instituições, como universidades, organizações não governamentais, cooperativas e associações de produtores, foram essenciais para a regularização de práticas ambientalmente positivas, como é o caso dos Sistemas Agroflorestais e Extrativismo Sustentável. A regularização veio por meio do procedimento de certificação, inédito no país.

Os produtores rurais e comunidades tradicionais trabalham de forma respaldada perante a legislação ambiental, fortalecendo as relações e cadeias socioambientais que contemplam todo o processo: manejo, beneficiamento e comercialização de produtos. “O selo também foi oriundo de tensionamento dos próprios analistas da Sema, idealizado, confeccionado e aprovado com apoio financeiro do CNPq”, detalha Clara, que trabalhou no desenvolvimento do projeto junto com outros colegas da secretaria.

O lançamento do selo ocorreu seis anos após a Certificação Agroflorestal e Extrativista da Sema receber o reconhecimento no Prêmio Nacional de Agrobiodiversidade, em 2017, a principal premiação em agrobiodiversidade no País. A distinção é resultado da atuação articulada da Certificação da SEMA com os projetos Rota dos Butiazais, da Embrapa, e Cadeia Solidária das Frutas Nativas e Territórios Rurais, da Rede Ecovida e PGDR/UFRGS, entre outras instituições. “As ações vêm sendo conduzidas no Estado em estreita inter-relação, visando o estímulo à agroecologia e à conservação socioambiental e cultural do Estado”, afirma a analista, que é bióloga e mestre em Biologia Animal.

Clara destaca a importância de o Estado manter e incentivar a permanência do servidor para a elaboração e execução de serviços essenciais à população. “O sucateamento do serviço público e desvalorização dos servidores, especialmente na área ambiental, ficam mais evidentes frente aos eventos climáticos extremos, cada vez com maior frequência e magnitude”. De acordo com a servidora que ingressou no Estado em 2009, a Sema tem um qualificado corpo técnico, capaz de discutir e ampliar propostas para melhorar o atual cenário ambiental do Estado.

Foto: Arquivo pessoal

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