2022: ano de conquistas e de pressão pela reestruturação das carreiras

2022: ano de conquistas e de pressão pela reestruturação das carreiras

O ano de 2022 está se encerrando, mas a luta pela reestruturação das carreiras de analistas de projetos e políticas públicas, especialistas em saúde e extranumerários se manterá em 2023. O Sintergs reafirma a disposição em manter o diálogo com o governo, mas cobra uma solução para o projeto apresentado em junho de 2021.

“A correção de apenas 6% nos salários está gerando uma insatisfação generalizada. Não à toa, caiu em mais de 70% o número de inscritos nos concursos do início deste ano. Na Saúde, por exemplo, apenas metade das vagas foi preenchida, evidenciando a falta de atratividade da carreira pública”, afirma o presidente do Sintergs, Antonio Augusto Medeiros.

Ao longo do ano, o sindicato trabalhou pela valorização dos servidores, defendeu os trabalhadores no âmbito jurídico, organizou e buscou mobilizar a categoria. “Em 2023, quando completa 35 anos, o Sintergs seguirá em defesa do funcionalismo, essencial na prestação dos serviços públicos de qualidade para a população”, explica o dirigente.

Confira o resumo das lutas de 2022

Em JANEIRO, o Sintergs lançou uma campanha por reajuste na rádio e nas redes sociais. Também cobrou avanço na negociação da reestruturação das carreiras. No mesmo mês, o STF reconheceu direito do servidor de participar de atividades sindicais.

FEVEREIRO começou com a escolha do conselho curador da Fundação Nhandé Kueri – Espaço de Desenvolvimento Humano e Qualificação do Servidor Público. Ainda em fevereiro, servidores participaram de mobilização, enquanto diretores do sindicato apresentavam o projeto de reestruturação para o secretário do Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Claudio Gastal.

No Dia da Mulher, em MARÇO, o Sintergs lançou uma comissão de políticas afirmativas. Também organizou mobilização de servidores para cobrar a reposição da inflação no salário dos trabalhadores. No final do mês, foi lançada nova campanha salarial em rádios e redes sociais. No período, dirigentes do sindicato denunciaram a falta de diálogo do governo que anunciou correção de 6% nos salários. Lançado o programa Acolhe Sintergs para auxiliar familiares nos trâmites administrativos nas solicitações de pensão por morte de associados.

Assembleia geral e atos por reposição salarial e em defesa do IPE Saúde marcaram o mês de ABRIL. Outro tema que pautou o mês foi a mobilização de mais de mais de 350 sindicatos e associações de servidores públicos contra o PLC 48, que tratava da adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que acabou aprovado.

MAIO foi mês de reconhecimento a profissionais da imprensa, com a divulgação dos vencedores do 1º Prêmio Sintergs de Jornalismo. No mês, o Tribunal de Justiça do RS reconheceu o direito à Gratificação de Estímulo à Capacitação (GECAP) de aposentados que concluíram curso lato sensu ou stricto sensu até a data da aposentadoria.

Em JUNHO, mês do Orgulho LGBTQIA+, o Sintergs promoveu uma roda de conversa com o tema Diversidade na Administração Pública, com participação da educadora e escritora Atena Beauvoir Roveda, ativista das causas do movimento trans.

A Fundação Nhandé Kueri lançou em JULHO o primeiro curso de formação política, atividade que marcou o lançamento da instituição criada a partir de uma construção coletiva de servidoras e servidores vinculados ao Sintergs.

Em AGOSTO, o Sintergs acionou mais uma vez a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) para concessão de Gratificação de Incentivo às Atividades Sociais, Administrativas e Econômicas (GISAE) a analistas nomeados para a Secretaria da Educação.

A edição nº 68 do Informativo Sintergs foi lançada em SETEMBRO, com reportagem especial sobre a política salarial dos últimos três governos: Tarso Genro (PT), José Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite/Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), a partir de um levantamento realizado pelo Dieese. Após anos de pressão do Sintergs, o Executivo realizou concurso público. E, entre os meses de agosto e novembro, o sindicato promoveu uma série de ações para acolhimento dos novos servidores, como a criação de um canal de comunicação direto e encontros de confraternização.

Após três anos de luta, em OUTUBRO o Sintergs conquistou uma vitória fundamental para os associados. Representantes do sindicato e do governo do Estado assinaram termo de acordo para pagamento dos dias parados aos servidores na greve de 2019 e 2020, mediante a compensação de horas. No mesmo mês, a Justiça acatou mandado do Sintergs impetrado em maio e estipulou prazo de 30 dias para análise de pedidos de conversão de tempo especial em comum para fins de concessão de aposentadoria e benefícios previdenciários.

O sindicato participou da organização do NOVEMBRO Antirracista Unificado, se integrou à marcha unificada e promoveu uma roda de conversa com o tema Mulheres negras, racismo e saúde mental. Também foi lançado o 2º Prêmio Sintergs de Jornalismo, cuja cerimônia de premiação fará parte das comemorações dos 35 anos do Sintergs, em novembro de 2023.

Em DEZEMBRO, durante votação de aumento salarial para os mais altos salários, o Sintergs e demais sindicatos e associações que compõem a Frente dos Servidores Públicos (FSP) estiveram em várias ocasiões na Assembleia Legislativa para pressionar e sensibilizar os deputados e os líderes de bancada contra a proposta do governo que promove reajustes a quem ganha mais. No mesmo mês, o Sintergs lançou uma nova fase da campanha pela reestruturação das carreiras de analistas de projetos e políticas públicas, especialistas em saúde e extranumerários. O objetivo é manter a pressão sobre o governo até uma mudança no plano de carreira dos servidores.

Que venha 2023, ano de mais lutas e, com a força de todos, de vitórias!

Fotos: Andréa Graiz, André Feltes, Bruna Karpinski e Karen Viscardi

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